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Bitcoin ainda reina, mas outras ganham espaço

O Bitcoin (BTC) terminou agosto no vermelho, na contramão dos principais índices dos Estados Unidos, que subiram impulsionados em parte pela expectativa de queda de juros do país. Apesar da queda, a principal criptomoeda do mercado continua sendo a preferida dos players locais.

Entre oito profissionais consultados pela reportagem, cinco sugeriram manter o BTC na carteira de setembro. O Ethereum (ETH) e a Solana (SOL), os tokens mais mencionados no portfólio de agosto, perderam um pouco espaço, e três altcoins citadas no mês passado foram substituídas por cinco outras criptos.

No total, 21 ativos digitais aparecem nos carteiras recomendadas pela casas, mas apenas aqueles com pelo menos duas indicações entraram nesta matéria.

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Veja as 8 criptomoedas mais recomendadas por especialistas para setembro:

Criptomoeda Nº de recomendações Retorno acumulado em 30 dias
Bitcoin (BTC) 5 -2%
Solana (SOL) 4 -4,10%
Ondo (ONDO) 3 -12,50%
Chainlink (LINK) 2 -7,50%
Ethereum (ETH) 2 -13,40%
Avalanche (AVAX) 2 -0,4%
Aave (AAVE) 2 14,10%
Helium (HNT) 2 63%
Fontes: Mercado Bitcoin (MB), Coinext, Foxbit, NovaDAX, CoinEx, QR Capital, Empiricus e Hurst Capital.
Cotações: TradingView

Bitcoin (BTC)

Beto Fernandes, analista da Foxbit, disse que o possível corte de juros nos Estados Unidos neste mês é um gatilho que pode fazer o Bitcoin subir. “Se isso acontecer, há uma perspectiva de que os investidores se voltem ao risco e mirem parte de suas aplicações na moeda digital. E a gente sabe que se o Bitcoin desempenha bem, as outras criptomoedas também são puxadas para cima”, falou.

Solana (SOL)

A Solana teve seu primeiro ETF (fundo de índice) à vista listado no mês passado e segue exibindo ótima performance, segundo Theodoro Fleury, gestor de diretor de investimentos da QR Asset. “Em agosto, (a cripto) mais uma vez bateu o recorde de endereços ativos na rede, prova que o ecossistema vem crescendo de forma significativa”.

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Ondo (ONDO)

A Ondo é uma plataforma de finanças descentralizadas (DeFi) para tokenização de ativos do mundo real (RWA, na sigla em inglês). Há crescente interesse em levar produtos tradicionais para a blockchain, segundo Valter Rebelo, head de ativos digitais da Empiricus Research, e isso pode impactar a cripto porque sua blockchain “abre a possibilidade de investimentos, reduzindo taxas de manutenção e a burocracia”.

O projeto conecta o mundo real à blockchain, permitindo que empresas, como instituições financeiras, utilizem sua rede como infraestrutura para registrar transações e dados em diferentes sistemas, segundo a Coinext. Como grandes instituições estão buscando tokenizar seus ativos, a “análise atual sugere que o Chainlink continuará se consolidando”.

Ethereum (ETH)

Rebelo, da Empiricus, disse que o projeto se tornou um dos ecossistemas mais ricos em aplicações. “É como se Ethereum fosse a Apple Store do mundo cripto. Com uma infraestrutura robusta e por servir de ‘base’ para diversos outros projetos, Ethereum é extremamente relevante no meio cripto”. O lançamento dos ETFs com exposição à cripto, liberados para negociação em julho, devem continuar atraindo capital institucional, também falou.

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Avalanche (AVAX)

É uma plataforma de smart contract (contratos inteligentes) de alto desempenho, projetada para oferecer transações rápidas, baixas taxas e alta escalabilidade, disse Pedro Gutierrez, diretor regional Latam da CoinEx. Vale ter no portfólio porque “continua a expandir seu ecossistema com um número crescente de dApps (aplicativos em blockchain) e projetos e estabeleceu parcerias com grandes projetos e plataformas”, falou.

Aave (AAVE)

A AAVE, o maior protocolo de empréstimo do setor cripto, se destacou até o final agosto, na contramão das principais criptomoedas. “Acreditamos que o ativo deve continuar exibindo performance melhor do que a media do mercado”, disse Fleury, da QR Asset.

Helium (HNT)

A rede da criptomoeda foi projetada para dispositivos da Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês). O HNT disparou recentemente, refletindo o crescimento e a expansão de sua infraestrutura descentralizada 5G, disse Wagner, da Hurst, e acumulou alta de 60% no acumulado de 30 dias. “Atualmente, a base de assinantes já superou os 90 mil, e o CEO da Nova Labs, Amir Haleem, projeta um crescimento para 300 mil usuários até o final do ano”.