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Datena volta a se complicar com o tempo, reclama das regras, e Boulos ironiza tucano

O jornalista José Luiz Datena, candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo (SP), voltou a ter dificuldade para administrar o limite de tempo logo em sua primeira intervenção no debate promovido pelo portal Terra e pelo jornal O Estado de S. Paulo, nesta quarta-feira (14), na Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), na capital paulista.

Ao ser chamado para fazer sua pergunta ao candidato do PSOL, Guilherme Boulos, sobre o tema “educação”, o ex-apresentador da TV Bandeirantes demonstrou insegurança e disse que as regras do debate haviam sido alteradas.

“As regras mudaram um pouco. Eu pergunto primeiro?”, questionou Datena. “É que as regras mudaram um pouquinho do que tinham me explicado. Desculpe”, continuou o candidato tucano.

A jornalista Roseann Kennedy, mediadora do encontro entre os candidatos, rebateu e esclareceu que as regras não haviam sido modificadas e que tudo tinha sido acertado com as assessorias das campanhas.

Aproveitando a confusão do adversário, Boulos ironizou as reclamações do candidato do PSDB. “Datena, eu acho que educação começa com disciplina, até para usar o tempo no debate”, disse o deputado.

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Educação

Em relação ao tema sorteado para o embate entre os candidatos, de acordo com as regras do debate, Datena criticou a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição.

“São Paulo não pode ser a cidade mais rica do país e ter uma alfabetização que lhe coloca na 21ª colocação do ranking nacional, enquanto temos o Ceará na primeira posição, gastando R$ 5 mil para alfabetizar uma criança, e São Paulo gastando R$ 22 mil. Temos que ter a obrigação de, aos 8 anos, entregar a criança aos pais sabendo ler e escrever”, defendeu Datena.

“Desde a creche, a criança tem que ter segurança, ser bem tratada e bem alimentada. Na pré-escola, a mesma coisa. Um país que joga fora o estudo joga fora o seu futuro”, completou o tucano.

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Boulos também criticou o governo Nunes. “É lamentável o que está acontecendo hoje na cidade de São Paulo, em 21º lugar, atrás de cidades muito mais pobres e com menos recursos. Vamos fazer o programa de educação integral que vai envolver reforço escolar. Depois da pandemia, não houve um reforço adequado das crianças e adolescentes que ficaram em EAD [ensino à distância]”, criticou.

“Nós vamos fazer um programa ousado de valorização dos professores e dos profissionais da educação na cidade de São Paulo, com valorização salarial e qualificação permanente. Vamos revogar o confisco de 14% das suas aposentadorias que a gestão do Ricardo Nunes fez”, concluiu Boulos.