O dólar comercial opera com baixa ante o real nesta terça-feira (7), a R$ 6,075 às 14h30 (horário de Brasília), ampliando as perdas da véspera, com os investidores voltando suas atenções para o início da divulgação de dados de emprego nos Estados Unidos, com a pesquisa JOLTs, enquanto o mercado nacional avalia números de preços ao produtor.
Durante o dia, a divisa chegou a R$ 6,055 em seu patamar mínimo.
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Qual é a cotação do dólar hoje?
Às 14h30 (horário de Brasília) o dólar à vista operava com baixa de 0,59%, cotado a R$ 6,075 na compra e R$ 6,076 na venda. Na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,33%, a 6.121 pontos.
Na véspera, o dólar à vista fechou em baixa de 1,11%, aos 6,1143 reais.
Dólar comercial
Dólar turismo
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira que houve uma reação exagerada do mercado com a alta recente do dólar e acrescentou que espera uma acomodação do nível do câmbio.
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Em entrevista à GloboNews, o ministro ainda afirmou que não julgará decisões de juros do Banco Central, ressaltando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nunca interferiu na atuação da autarquia.
Ele acrescentou que conversava tecnicamente com o ex-presidente do BC Roberto Campos Neto e fará o mesmo com o novo chefe da autoridade monetária, Gabriel Galípolo.
A alta dos preços do petróleo nesta sessão também ajudava a impulsionar moedas de mercados emergentes, uma vez que favorece países exportadores da commodity, como o Brasil.
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Os agentes financeiros ainda analisam dados de vagas de emprego em aberto nos EUA para o mês de novembro, em busca de indícios sobre o estado do mercado de trabalho no país que ajudem na projeção da trajetória da taxa de juros do Federal Reserve.
Operadores têm apostado que o banco central norte-americano manterá os juros inalterados na reunião deste mês, reduzindo o ritmo do afrouxamento monetário iniciado no ano passado, em meio a uma economia resiliente e uma inflação ainda acima da meta de 2%.
O foco do mercado nacional deve se voltar novamente para o cenário fiscal brasileiro nas próximas semanas, segundo analistas, uma vez que os investidores ainda demonstram receios com o compromisso do governo em equilibrar as contas públicas.
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No exterior, a divisa americana também apresenta desvalorização, enquanto os mercados aguardam dados econômicos dos EUA e avaliam se as políticas de tarifas do presidente eleito Donald Trump estarão alinhadas com sua retórica.
Os investidores estão precificando um cenário em que a implementação de tarifas generalizadas poderia aumentar a inflação nos EUA, potencialmente limitando a capacidade do Federal Reserve (Fed) de cortar as taxas de juros e, assim, apoiar a força do dólar.
Por aqui, a inflação ao produtor subiu 1,23% em novembro de 2024 frente a outubro último. Com isso, acumula alta de 7,59% em 12 meses, o maior resultado desde setembro de 2022 (9,84%). Já o acumulado no ano ficou em 7,81%. Em novembro de 2023, a taxa mensal havia sido de -0,34%.
(com Reuters)