O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), foi confirmado, na manhã desta segunda-feira (22), como o candidato do partido à prefeitura do Rio de Janeiro (RJ).
Desde que vieram à tona informações da investigação da Polícia Federal (PF) sobre o suposto uso da Abin para monitorar e espionar adversários do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Ramagem estava na berlinda.
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A situação do deputado se agravou após a divulgação do conteúdo de uma reunião gravada por ele, com a participação de Bolsonaro e do general Augusto Heleno (ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o GSI), na qual teria sido debatida uma possível blindagem ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em investigações sobre suposta “rachadinha” em seu gabinete, ainda quando era deputado estadual no Rio.
Apesar dos rumores de que poderia trocar de candidato no Rio, Bolsonaro participou de um evento da pré-campanha de Ramagem, na quinta-feira (18), e reiterou seu apoio ao deputado.
Na convenção do PL que sacramentou a candidatura, nesta segunda, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), um dos filhos do ex-presidente, compareceu, representando o clã.
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Também marcaram presença no ato do PL o ex-prefeito de Duque de Caxias (RJ) Washington Reis (MDB), a deputada federal Chris Tonietto (PL-RJ) e a deputada estadual India Armelau (PL-RJ), ambas cotadas para ocupar a vice na chapa de Ramagem. O MDB e o Republicanos também disputam a vaga.
“Estamos trabalhando [na definição do vice]. Ainda não sabemos se será uma coligação, e desejamos que seja uma coligação, ou se será o PL puro. Talvez a gente decida nesta semana”, afirmou Ramagem.
Segurança é prioridade
Em entrevista coletiva após a convenção, Ramagem repetiu o discurso de que seria vítima de “perseguição” nas investigações da PF sobre a chamada “Abin paralela”.
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O candidato do PL à sucessão do prefeito Eduardo Paes (PSD) também reforçou a prioridade que dará à segurança pública durante a campanha.
“A prioridade maior é segurança e ordem pública. É um grande equívoco dizer que não é responsabilidade da prefeitura. Temos que revitalizar a Guarda Municipal. A parte da iluminação, das ruas limpas, com câmeras de segurança, também é da prefeitura”, disse Ramagem.
“Grandes cidades do mundo, como Nova York [Estados Unidos] e Medellín [Colômbia], viraram a chave da segurança pública no momento em que a prefeitura se tornou protagonista e colocou como uma questão prioritária”, concluiu.