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Governo central tem déficit primário de R$ 22,404 bilhões em agosto, diz Tesouro

Brasília (Reuters) – O governo central registrou déficit primário de R$ 22,404 bilhões em agosto, ante um saldo negativo de R$ 26,730 bilhões no mesmo mês do ano passado, informou o Tesouro Nacional nesta quinta-feira (3).

O resultado, que compreende as contas de Tesouro, Banco Central e Previdência Social, veio no mês passado em linha com o saldo negativo de R$ 22,4 bilhões projetado por analistas em pesquisa da Reuters.

Os dados do Tesouro mostram que houve alta de 6,2% acima da inflação na receita líquida — que exclui transferências para governos regionais — na comparação com o mesmo mês de 2023, atingindo R$ 148,934 bilhões.

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Foram destaques o crescimento de 12,6% acima da inflação no recolhimento de tributos administrados pela Receita Federal, com impulso principalmente da arrecadação de Imposto de Renda, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Cofins.

Já os recursos não administrados pela Receita tiveram queda real de 2,8%, puxado por um recuo em dividendos e participações.

Do lado das despesas, houve uma alta real de 2,0%, para R$ 171,338 bilhões. Nessa conta, foram observadas elevações nos gastos com benefícios previdenciários, abono salarial e seguro desemprego.

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No acumulado dos oito primeiros meses do ano, o governo central acumulou um déficit primário de R$ 99,997 bilhões, 9,1% menor que o observado no mesmo período de 2023. Já em 12 meses, as contas do governo central acumulam déficit de R$ 227,5 bilhões, o equivalente a 1,98% do PIB.

Os dados acumulados seguem distantes da meta de déficit primário zero fixada pelo governo para 2024, que conta com uma banda de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB, equivalente a cerca de 29 bilhões de reais.

Em setembro, a equipe econômica projetou que o governo central fechará 2024 com déficit primário de R$ 28,3 bilhões, com R$ 400 milhões de margem em relação ao limite inferior da meta.

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Os dados de agosto, normalmente divulgados na última semana de setembro, foram apresentados com atraso por conta da mobilização de servidores do Tesouro em busca de melhores condições salariais.