Analistas do Morgan Stanley cortaram a recomendação para as ações da Vale para “equal-weight” e reduziram o preço-alvo dos ADRs (recibos de ações negociados nos Estados Unidos) de 14,50 para 11,30 dólares, de acordo com relatório enviado na noite de quarta-feira.
Para Carlos De Alba e equipe, a incerteza elevada em relação à perspectiva de oferta/demanda do minério de ferro e as expectativas de preços mais baixos do produto devem continuar a pesar no desempenho das ações.
“Além disso, os maiores pagamentos do acordo de Mariana limitarão a geração de fluxo de caixa livre (FCF, na sigla em inglês) da Vale, levando a menores yields de FCF em comparação com os principais pares de commodities de ferro da América Latina e do mundo”, acrescentaram.
Os analistas, contudo, afirmaram ainda enxergar valor de longo prazo nos ativos da Vale e citaram estar encorajados por uma visão clara e sólida da administração da companhia para 2030.
O movimento acontece apenas dois meses depois do banco colocar a Vale e a Gerdau (GGBR4) entre as preferidas globais no setor para este trimestre. Parte do potencial visto pelo banco estrangeiro decorria da resolução das negociações da compensação de Mariana, além de discussões sobre a concessão ferroviária nos próximos meses.
Por volta de 12h15 desta quinta-feira, as ações da Vale na bolsa paulista cediam 2,24%, a 57,09 reais, enquanto o Ibovespa recuava 2,11%. Em Nova York, os ADRs caíam 1,21%.
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(com Reuters)