O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, adotou um tom de agradecimento e de forte apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro durante fala neste domingo (25). Ele foi o único entre os representantes de Governos estaduais a discursar.
Em fala rápida, Freitas lembrou do legado do ex-chefe do Executivo e ressaltou que “não era ninguém” e que recebeu “posição de destaque” no cenário político, por causa de Bolsonaro.
Também estavam confirmados no ato os governadores Romeu Zema (Minas Gerais), Jorginho Mello (Santa Catarina) e Ronaldo Caiado (Goiás).
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O ato deste domingo foi convocado pelo ex-presidente para mostrar a mobilização da opinião pública em relação às suspeitas de que teria orquestrado uma tentativa de golpe.
Bolsonaro foi um dos alvos da Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal (PF), no último dia 8 de fevereiro. A PF apura a existência de uma organização criminosa que atuou em uma suposta tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito durante a gestão de Bolsonaro. O objetivo era manter o político no poder após a derrota nas eleições de 2022.
Bolsonaro nega golpe e pede anistia a presos do dia 8 de janeiro
Durante discurso neste domingo, Bolsonaro negou que teria participado de algo semelhante. “O que é golpe? Golpe é tanque na rua, é arma, é conspiração. É trazer classes políticas pro seu lado, empresariais. Nada disso foi feito no Brasil”, destacou, ao adotar um forte discurso de defesa.
O ex-mandatário afirmou ainda que busca agora a “pacificação” e que pretende “passar uma borracha no passado”. Bolsonaro também pediu um projeto de anistia, por parte do Congresso, aos presos do dia 8 de janeiro.
“Nós não queremos mais que seus filhos sejam órfãos de pais vivos. Nós já anistiamos no passado quem fez barbaridade no Brasil”, disse.
No discurso neste domingo, o ex-presidente procurou não fazer nenhuma citação direta ou iniciar novos embates com o Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, apenas disse que há “abuso de alguns”, o que traz insegurança. Manifestantes presentes no ato também evitaram levar placas com ataques ao Judiciário.
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