O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), fez questão de demonstrar otimismo em relação ao desempenho da economia brasileira neste e nos próximos anos, ao participar de um evento promovido pelo BTG Pactual, nesta terça-feira (20).
Segundo o chefe da equipe econômica, as perspectivas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país são positivas.
“Não há razão nenhuma para o Brasil não crescer igual ou acima da média mundial, com todo o potencial que a economia brasileira tem”, afirmou Haddad.
Segundo o ministro da Fazenda, o crescimento econômico brasileiro precisa ocorrer com responsabilidade fiscal e “qualidade”.
“Tudo tem que ser pensado de forma orgânica para manter a qualidade desse crescimento”, disse. “Está todo mundo se preparado para decolar. Ninguém está deixando de perceber a oportunidade. Agora, é preciso ter zelo para ir calibrando isso”, completou Haddad.
Em sua participação no evento com o mercado financeiro, o ministro projetou a retomada do ciclo de desenvolvimento do país, que, segundo ele, foi interrompido na última década.
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“Depois de 10 anos crescendo 1% ao ano, podemos abrir um ciclo de crescimento sustentável”, afirmou.
‘Fiscal é importante, mas não é o todo”
De acordo com o ministro da Fazenda, a questão fiscal “precisa ajudar” no crescimento do país. Haddad ponderou, no entanto, que “o fiscal é importante, mas não é o todo”.
O ministro da Fazenda rebateu as incertezas de parte do mercado em relação ao compromisso do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em equacionar o fiscal, reduzindo as despesas. Haddad defendeu a revisão de alguns programas sociais, de modo que seus benefícios, de fato, cheguem a quem precisa.
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Haddad afirmou, ainda, que a equipe econômica tem apresentado a Lula possibilidades para o ajuste desses programas.
“Não podemos correr o risco de tirar do mercado de trabalho quem pode trabalhar por uma distorção de um programa mal gerenciado”, disse o ministro da Fazenda.
Reforma tributária mudará o país, diz Haddad
Em sua participação no evento, Fernando Haddad destacou a importância da aprovação da reforma tributária pelo Congresso Nacional. O Legislativo vem discutindo os projetos de regulamentação da reforma.
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“Nós vamos sair do pior sistema tributário do mundo para um dos mais modernos”, projetou Haddad, para quem o impacto positivo da reforma sobre o PIB pode chegar a 20%. “Vai acontecer com o sistema tributário o que aconteceu com o sistema bancário”, disse o ministro.
Haddad também falou sobre possíveis mudanças no Imposto de Renda, em uma segunda etapa da reforma tributária. “A Fazenda já fez o seu trabalho interno e o governo fará a avaliação”, afirmou o ministro.