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Ucrânia admite incluir a Rússia em nova cúpula de paz no fim do ano

Ancara (Reuters) – A Ucrânia pretende organizar uma nova cúpula de paz até o final deste ano e quer que a Rússia participe desta vez, disse seu embaixador na Turquia nesta quarta-feira, mas descartou qualquer conversa bilateral direta com Moscou na reunião.

Com a invasão da Ucrânia pela Rússia em seu terceiro ano, os dois países continuam distantes sobre como acabar com a guerra. Turquia, China, Brasil e outros países se ofereceram para mediar o conflito ou discutir propostas de paz, mas nenhum progresso foi feito.

A Ucrânia busca o “plano de vitória” do presidente Volodymyr Zelenskiy, enquanto o presidente russo, Vladimir Putin, disse que as negociações de paz só podem começar se Kiev concordar em abandonar grandes extensões de território reivindicadas por Moscou e desistir de sua tentativa de ingressar na Otan.

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“Um dos objetivos mais importantes desta cúpula é alcançar uma paz justa na Ucrânia. Não estamos falando de um formato em que a Ucrânia e a Rússia se sentam frente a frente e a Ucrânia ouve as exigências da Rússia”, disse o embaixador Vasyl Bodnar em uma entrevista em Ancara, por meio de um intérprete turco.

“O que vemos agora é o seguinte: a comunidade internacional, juntamente com a Ucrânia, se sentará e criará uma lista das medidas que podem ser tomadas para uma paz justa na Ucrânia, e discutirão que tipo de exigências devem ser feitas à Rússia com base nessa lista”, afirmou ele.

“Essa não será uma reunião bilateral direta, provavelmente será em um formato em que terceiros também estarão envolvidos e (as conversas) serão feitas por meio de terceiros. Esperamos realizar essa cúpula até o final do ano.”

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Bodnar disse que a Turquia, que procurou manter laços cordiais com a Ucrânia e a Rússia durante a guerra, seria um participante importante devido à sua experiência na mediação de outros conflitos.

Ao mesmo tempo em que apoia a integridade territorial da Ucrânia, condena a invasão e fornece apoio militar, a Turquia, membro da Otan, também se opôs às sanções ocidentais contra a Rússia, com a qual mantém relações importantes em termos de defesa, energia e turismo.

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